Dando continuidade ao trabalho, passamos para uma nova etapa que podemos representar como intervensão psicopedagógica. A partir do diagnóstico institucional realizado anteriormente, é possivel estabelecer uma proposta de intervensão que atenda as expectativas da escola frente aos pontos positivos e negativos identificados. Isso ocorre, primeiramente, em razão da avaliação do contexto e das conclusões apresentadas em um processo de colaboração, e nos remete à avaliação psicopedagógica que Sánchez-Cano e Bonals (2008) entendem como um processo dinâmico, contínuo e preventivo e que, particularmente na escola, é compartilhado por diferentes profissionais com a finalidade de favorecer a tomada de decisões que, por sua vez, traduzir-se-ão em medidas factíveis a serem implementadas pelos profissionais do contexto educativo. Isso se dá através do processo de ensino-aprendizagem que deve promover o progresso dos alunos enquanto grupo e individualmente. É importante ficar claro que as informações coletadas a partir desta etapa, são extremamente valiosas e devem ser consideradas a fim de que possamos tomar decisões significativas. O que implica adotar medidas conjuntas em que cada profissional da escola ofereça a contribuição que lhe cabe. Nesse sentido, todas as técnicas e instrumentos que permitem essa avaliação e que serão apresentados nas próximas postagens, visam nos ajudar a fazer uma reflexão organizada sobre o que ocorre e sobre o que é necessário fazer no contexto educativo de cada instituição. Vale ressaltar que o profissionalismo do psicopedagogo, ao contrário do que se pensa, não consiste apenas em diferenciar os alunos que sabem dos que não sabem (visão de senso comum), mas saber escolher em cada circunstância apresentada, as ferramentas que serão úteis a promover mudanças significativas sem considerar unicamente a solução de problemas existentes, mas a prevenção.