Nos dias de hoje é possível perceber a quantidade de questionamentos em relação à qualidade do ensino que tem sido ofertado nas escolas brasileiras, e a grave situação social que tem potencializado de modo assustador as dificuldades de aprendizagem, a evasão escolar e a defasagem que os alunos apresentam no desenvolvimento cognitivo. Embora crianças e jovens da atualidade apresentem prejuízos evidentes no desempenho escolar e social, a sociedade não pode responsabilizar unicamente o professor por esta situação. O problema do fracasso escolar, evidentemente, não está baseado apenas em uma única causa. Apesar da sociedade já ter percebido isso, em geral, o professor não é valorizado por ser considerado ruim e responsável por todos os problemas educacionais. Por outro lado, o profissional não se disponibiliza a assumir verdadeiramente suas responsabilidades, porque não se sente valorizado pela sociedade. Será um ciclo vicioso? Eu acredito que sim, e para que essas responsabilidades sejam assumidas, é preciso união, de ambas as partes. O processo educativo exige solidariedade e cooperação e nesse contexto, especialmente na escola, o trabalho coletivo representa uma grande possibilidade de mudança. Portanto, professor, quando pensares em transformação, independente das circunstâncias, não se preocupe apenas com a sua competência que possivelmente estará sempre aquém do que a verdadeira transformação necessita, mas mantenha uma relação de amor e entusiasmo com seus alunos e com seu trabalho. Este é o ponto de partida para que a nossa dignidade seja recuperada.
À primeira vista, este espaço sugere tratar de questões educacionais ou que envolvam o contexto educativo. Porém, não desmerece o propósito que ele assume em razão do seu nascimento, o de interessar-se pelo ser humano e pela interação que pode-se estabelecer com pessoas de situações diferentes e contextos particulares.
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
O PRINCÍPIO DAS PEQUENAS DOSES
Ontem eu estava conversando com uma amiga pelo msn e caminhamos para um assunto que girava em torno das “pequenas doses”. Após um longo período de conversa, chegamos a conclusão que esta é uma ideia muito comum que se estabeleceu ao longo dos séculos. Porém, atualmente é tudo bem diferente e as pessoas pensam bem mais em seus próprios interesses. Nesse contexto egoísta, as pequenas doses, que deveriam ser grandes, tem gerado uma espécie de contentamento quando ocorrem, já que não podemos esperar muita coisa das pessoas. Quem já não disse ou ouviu dizer coisas do tipo: “Uma dose de amor não faz mal a ninguém”. E quem nunca ficou a espera de uma pequena dose, sabe-se lá do que, vinda de alguém que se considera especial. Eu e minha amiga falávamos sobre uma dose de carinho, de atenção, de solidariedade, de cooperação, etc. O que mais me admirou no percurso da conversa, foi a sinceridade dela em afirmar que as pequenas doses dessas coisas, podem ser extremamente nocivas assim como uma dose de veneno, por exemplo. Pensei comigo: A história do mundo está muito excitante mesmo – de um lado vemos e vivemos situações nunca havidas e esperadas, por outro lado temos a oportunidade de mudar fundamentalmente o modo como as coisas são feitas e, por que não, o modo como somos tratados. Mas não fazemos nada e, as vezes, até nos coformamos. Conversa vai, conversa vem... e posso dizer seguramente que o que ficou de mais importante, foi a certeza de que não temos que aceitar as coisas como elas estão, porque quem determina o que deve ser ou não, somos nós mesmos.
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