Nos dias de hoje é possível perceber a quantidade de questionamentos em relação à qualidade do ensino que tem sido ofertado nas escolas brasileiras, e a grave situação social que tem potencializado de modo assustador as dificuldades de aprendizagem, a evasão escolar e a defasagem que os alunos apresentam no desenvolvimento cognitivo. Embora crianças e jovens da atualidade apresentem prejuízos evidentes no desempenho escolar e social, a sociedade não pode responsabilizar unicamente o professor por esta situação. O problema do fracasso escolar, evidentemente, não está baseado apenas em uma única causa. Apesar da sociedade já ter percebido isso, em geral, o professor não é valorizado por ser considerado ruim e responsável por todos os problemas educacionais. Por outro lado, o profissional não se disponibiliza a assumir verdadeiramente suas responsabilidades, porque não se sente valorizado pela sociedade. Será um ciclo vicioso? Eu acredito que sim, e para que essas responsabilidades sejam assumidas, é preciso união, de ambas as partes. O processo educativo exige solidariedade e cooperação e nesse contexto, especialmente na escola, o trabalho coletivo representa uma grande possibilidade de mudança. Portanto, professor, quando pensares em transformação, independente das circunstâncias, não se preocupe apenas com a sua competência que possivelmente estará sempre aquém do que a verdadeira transformação necessita, mas mantenha uma relação de amor e entusiasmo com seus alunos e com seu trabalho. Este é o ponto de partida para que a nossa dignidade seja recuperada.
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