sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

O PRINCÍPIO DAS PEQUENAS DOSES

Ontem eu estava conversando com uma amiga pelo msn e caminhamos para um assunto que girava em torno das “pequenas doses”. Após um longo período de conversa, chegamos a conclusão que esta é uma ideia muito comum que se estabeleceu ao longo dos séculos. Porém, atualmente é tudo bem diferente e as pessoas pensam bem mais em seus próprios interesses. Nesse contexto egoísta, as pequenas doses, que deveriam ser grandes, tem gerado uma espécie de contentamento quando ocorrem, já que não podemos esperar muita coisa das pessoas. Quem já não disse ou ouviu dizer coisas do tipo: “Uma dose de amor não faz mal a ninguém”. E quem nunca ficou a espera de uma pequena dose, sabe-se lá do que, vinda de alguém que se considera especial. Eu e minha amiga falávamos sobre uma dose de carinho, de atenção, de solidariedade, de cooperação, etc. O que mais me admirou no percurso da conversa, foi a sinceridade dela em afirmar que as pequenas doses dessas coisas, podem ser extremamente nocivas assim como uma dose de veneno, por exemplo. Pensei comigo: A história do mundo está muito excitante mesmo – de um lado vemos e vivemos situações nunca havidas e esperadas, por outro lado temos a oportunidade de mudar fundamentalmente o modo como as coisas são feitas e, por que não, o modo como somos tratados. Mas não fazemos nada e, as vezes, até nos coformamos. Conversa vai, conversa vem... e posso dizer seguramente que o que ficou de mais importante, foi a certeza de que não temos que aceitar as coisas como elas estão, porque quem determina o que deve ser ou não, somos nós mesmos.

4 comentários:

Patricia Tenorio Rodrigues disse...

Acredito que o mundo precisa mesmo de uma DOSE bem "grande" de "TUDO", quero dizer: Paciência, Amor(ao próximo), paz, respeito, entre outros elementos essenciais para a vida em sociedade...acredito que o que falta seja isso.

Loany Costa disse...

Patty, que bom ver você por aqui! Realmente o mundo precisa de doses bem grandes de tudo isso, mas infelizmente as pessoas da atualidade estão cada vez mais convenientes. Querem receber, porém não se dispõem a dar. E o mais triste é que nós vamos nos conformando com as mixarias, que podem ser extremamente nocivas.

Fica com Deus!

Beijos

Creni Machado disse...

Realmente esse mundão que vivemos esta de cabeça para baixo, as pessoas estão na maiorias ocupada consigo mesmo e não estão percebendo o próximo que esta bem próximo delas, falta de tempo que nos consome na atualidade é absurda.Ele, o tempo, em vez de auxiliar, virou um vilão, verdadeiro opressor.
Não há tempo mais para nada.Já não se gere mais esse tempo como outrora. Tudo é “pra ontem”.Na época de meus avós, de meus pais, eles mandavam cartas. Era prática comum. Eu ainda experimentei essa gostosa sensação de escrever, ir ao correio, postar e depois receber a resposta.
Rascunhar, passar a limpo, escolher o papel, comprar o selo... Um tempo preciosíssimo.
Isso hoje esta fora de cogitação, é a era da tecnologia.Existe uma tendência de ansiedade nas pessoas, um medo louco de perderem tempo e não darem conta de fazer o que acham que são obrigadas a fazer, do jeito que uma cultura imbecil impôs que fosse feito.
Se não tem tempo para si como pode ter, paciência e principalmente essa dose grande de amor ao proximo que vivem nessa sociedade tão desigual.

Loany Costa disse...

Querida Creni, gostei tanto do seu comentário, mas tanto... Achei tão legal quando você se referiu a escrita e envio de cartas. Que tempo maravilhoso. Eu também experimentei essa gostosa sensação de escrever, ir ao correio, postar e depois receber a resposta. Tenho cartas até hoje. A emoção de rascunhar, passar a limpo, escolher o papel, comprar o selo é realmente indescritível... Me deu até vontade de escrever e enviar uma carta à alguém (risos). Esse tempo que se perdia com o outro revelava tão bem o seu valor. Hoje, geralmente, nem sabemos o que significamos para as pessoas.

Que Deus te abbençoe, amiga.

Beijos